domingo, 11 de março de 2012

Top 5: os melhores filmes de heróis

Os heróis já são figurinhas repetidas nas telonas já faz algum tempo, tanto que os filmes sobre esses defensores da justiça já se tornaram um subgênero que arrebata vários fãs fervorosos. Claro que como todo tipo de gênero apresenta bons filmes, mas outros são intragáveis. Hoje tomam conta de salas de cinema em todo o mundo, por isso nada mais justo que eleger os melhores representantes do gênero advindo das HQ´s. Portanto, vistam seus uniformes e atendam ao sinal, pois o dever nos chama!

5. V de Vingança
Para pelo menos uma coisa serviram os governos autoritários de Margaret Thatcher e George W. Bush: inspirar V de Vingança
O filme dos irmãos Wachowski (Matrix) mostra com quantos mascarados se destrói um governo centralizador. Nele somos apresentados a uma Inglaterra de um futuro aproximadamente a 2020, onde  um terrorista conhecido apenas por V (Hugo Weaving, também importado de Matrix, onde era Agente Smith e aqui nunca mostra o rosto) tem o intuito de derrubar o governo de um ditador fascista, Adam Sutler (John Hurt, inspirado em Hitler) que rege o país através da repressão e censura de meios de comunicação. Sutler domina a mídia e utiliza sua polícia secreta chefiada por Creedy (Tim Pilgott-Smith) que executa sequestros, torturas e assassinatos contra quem discorda das medidas governistas. 
Mas, eis que chega o 5 de novembro que V festeja de forma explosiva com a Abertura de Tchaikovsky, o aniversário da conspiração de 1605 em que Guy Fawkes (que inspira a máscara do protagonista) tentou explodir o parlamento britânico. Nesta mesma noite encontra Evey (Nathalie Portman, com a habitual elegância) e a salva de uma tentativa de estupro, que após isso tem o destino entrelaçado com o de V até o próximo 5 de novembro.
E o grande mérito do filme é ultrapassar o rótulo de blockbuster, e lançar perguntas ao espectador, mostrar que por trás da ação há uma parte reflexiva que mesmo não sendo um primor eleva o filme a outro patamar.

4. Homem-Aranha 2
O segundo filme do super-herói mais popular da Marvel é superior a sua obra anterior, preciso dizer mais alguma coisa pra definir Homem-Aranha 2?
Como em toda continuação de Hollywood a receita é aumentar tudo em dobro, já que o filme do aracnídeo era um projeto pra fazer dinheiro, então não fugiria muito desse modelo, certo? Errado. Claro que há grandes pirotecnias e barulheira (por isso Homem-Aranha 2 é o único filme de herói que ganhou um Oscar, o de Efeitos Especiais), mas o filme é mais autoral, simples e simpático do que a maioria dos blockbusters americanos.
Sam Raimi (diretor da primeira parte) é fiel as HQ´s escritas por Stan Lee, encontrando um equilíbrio para mostrar Homem-Aranha e Peter Parker. Aliás o protagonista interpretado por Tobey Maguire é perfeito, o ator não tem cara de galã de novela das 8, tem a esquisitice fundamental para o papel e nos cativa mostrando Parker como um cidadão comum, já que o lado Homem-Aranha e suas acrobacias a computação gráfica dá conta.
Em Homem-Aranha 2, o caminho do herói é pontuado por sacrifícios. Peter Parker escolhe continuar como herói em detrimento de sua relação com Mary Jane (Kirsten Durst) que começa a namoro com o filho de J.J. Jameson  (J.K. Simmons) chefe de Peter no Clarim, John Jameson (Daniel Gillies) um astronauta. Além disso esta dupla jornada pode o reprovar na faculdade, e seus problemas financeiros se agravam quando é demitido do seu emprego de entregador de pizzas, e a casa em que vive com sua tia May (Rosemary Harris) pode ser retirada por falta de pagamento da hipoteca. E como desgraça pouca é bobagem, o brilhante cientista Otto Octavius (Alfred Molina) acaba por se transformar em vilão após a falha em projeto para Harry Osborn (James Franco).
Tudo isso é traduzido na cena em que Peter se desfaz do Homem-Aranha e volta a vida "normal", é simplesmente adorável tropeçar e pensar que está livre de dificuldades, sem se importar com a célebre frase: "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades".


3. X-Men: Primeira Classe
Se todo mundo hoje conhece os X-Men é culpa da franquia de cinema. Os filmes da década passada que foram dirigidos, na maioria, por Bryan Singer lançaram os mutantes ao hype. Mas com o fim da trilogia de Prof.º Xavier e Cia e o fracasso de X-Men Origens: Wolverine, os produtores da 20th Century Fox tinham que fazer alguma coisa com a franquia mais produtiva do estúdio.
Foi então que tiveram a ideia do reboot, o reinício da série para desvendar a estória dos grandes inimigos filosóficos do original: Xavier e Magneto. Vemos Erik Lensherr/Magneto (Michael Fassbender, fazendo uma espécie de James Bond magnético) à procura do assassino de sua mãe, um ex-general nazista que adquiriu poderes, Sebastian Shaw (Kevin Bacon) e que também é alvo de Charles Xavier (James McAvoy), e como o inimigo do meu inimigo é meu amigo, acabam por se juntar na caçada, deixando suas diferenças ideológicas sobre o futuro dos mutantes de lado.
É aqui que Matthew Vaughn (Kick-Ass) que conduz tudo perfeitamente com ajuda da base do  elenco incrível, cria o melhor filme da franquia X-Men.


2. Kick-Ass - Quebrando Tudo
Violência. É o que vem a cabeça quando se assiste Kick-Ass - Quebrando Tudo.  Mas não é aquela violência gratuita, que remete ao filmes de terror atuais. É uma violência intrínseca a Kick-Ass que é ingrediente fundamental para o desenrolar da ação.
No filme inspirado na HQ homônima, somos apresentados a Dave Lizewski (Aaron Johnson) um típico nerd sem noção que adora quadrinhos e pornografia, mas que é um cara legal que como em todo estereótipo de escola americana tem um amor não correspondido por Katie Deauxma (Lindsy Fonseca, linda como de costume). Ele vive se perguntando porque as pessoas preferem ser clones da Paris Hilton a serem o Homem-Aranha, daí ele decide que tem que se tornar um super-herói, encomenda uma fantasia pela internet e vai combater o crime. Ele só não tem um poder ou habilidade pra tanto.
Na primeira tentativa apanha de ladrões de carro e vai pro hospital onde substitui seus ligações nervosas por placas de aço, a partir disto ele ganha o "poder" de não sentir dor. Combatendo o crime que ele conhece Hit Girl/Mindy Macready (Chloe Moretz que é impagável como garotinha viciada em armas e mata como se estivesse em um video game) e Big Daddy/Damon Macready (Nicolas Cage, contido, felizmente) que lutam contra Frank D´Amico (Mark Strong) chefão do crime organizado e seu filho Chris D´Amico (Christopher Mintz, hilário) que também se fantasia de super-herói Red Mist.
Matthew Vaughn que já havia dirigido X-Men: Primeira Classe, demonstra os heróis de um ponto de vista diferente, mais humano e real, mostrando que o heroísmo é um fardo que nós meros mortais, superestimamos.


1. Batman - O Cavaleiro das Trevas
Eis a evolução. Não só de Batman Begins, que é um ótimo filme, mas de todas as adaptações de quadrinhos para as telonas. É a obra que define Batman. Esqueça tudo aquilo que já foi apresentado (na verdade cometido) no cinema por Tim Burton ou Joel Schumacher. O papo agora era sério.
O ambiente criado em Batman é tenso, obscuro e perigoso. Batman/Bruce Wayne (Christian Bale, seguro) continua com sua jornada de herói livrando Gotham City dos males, agora com não sendo apenas um mascarado, e sim representando uma segurança a população. No entanto, surgem consequências com seu reconhecimento. Cidadãos comuns começam a se fantasiar de Batman tentando repetir as bravuras do herói, o crime organizado se une em um objetivo comum: destruí-lo e surgem malucos que querem somente ver o circo pegar fogo. E é ai que conhecemos o maior nêmesis de Batman: o Coringa.
Aliás, o Coringa, interpretado por Heath Ledger (que ganhou o Oscar póstumo de Ator Coadjuvante) merece atenção especial. Durante a montagem do personagem Ledger passou meses incorporando-o. O Coringa de Ledger é um psicopata, anarquista que só quer ver o caos implantado, vemos isso nos trejeitos, na fala, enfim é o trabalho definitivo do ator.
Só que Batman não está sozinho. Tem a companhia do Comissário Gordon (Gary Oldman) e Harvey Dent (Aaron Eckhart) o "Cavaleiro Branco" e Lucius Fox (Morgan Freeman) que montam uma força-tarefa para "limpar" Gotham.
Batman - O cavaleiro das trevas consegue explanar sobre todos esses personagens com o roteiro e a direção de Christopher Nolan em conjunto com seu irmão Jonathan Nolan em 152 minutos que não param. E isso se deve muito pela direção realista de Nolan que em duas cenas isso é perceptível: a destruição do hospital e a tomada do caminhão, tudo captado em um take, sem nada de computação gráfica. E o realismo vai além das sequências e atinge os personagens que são cheios de vícios e defeitos como no mundo real. E Why so serious? É para tentar digerir essa obra que marcará todo o segmento.

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