Adaptação do romance infanto-juvenil tem crítica contestadora e inteligente ao direito de liberdade.
Com os sucessos de bilheteria de Harry Potter e Crepúsculo, todas as franquias infanto-juvenis logo são comparadas com as séries supracitadas. Os fãs de Jogos Vorazes ( Hunger Games, 2012) não aprovam a forma como é vendida seu objeto de culto, no entanto, a comparação é válida em parte já que tem semelhanças com os grandes sucessos no modo como são embaladas por Hollywood sedenta por uma novo meio de ganhar dinheiro.
Só que a comparação soa injusta. Jogos Vorazes tem temas bem mais contestadores do que a segurança da Escola de Bruxaria de Hogwarts e muito mais do que no romance meloso de Crepúsculo. O filme adaptado do romance distópico de Suzzane Collins oferece uma base muito mais interessante se compararmos das obras. Debates sobre a liberdade, censura, controle, dominação; com inspiração em livros como 1984, estão presentes no livro que nos apresenta uma América do Norte futurista em ruínas e dividida em 12 distritos e uma capital chamada Panem.
E essa divisão ocorreu em consequência de uma revolução em que a capital saiu vitoriosa, e como demonstração de poder exige dois jovens, sendo uma menina e um menino entre 12 e 18 anos, como tributo para uma espécie de reality show onde os participantes devem lutar pela sobrevivência. Os escolhidos de cada distrito devem concorrer com os outros 22 concorrentes até a morte em uma arena que se assemelha as casas de realities comuns, só que a violência é permitida aqui. A vitória do participante garante suprimentos para seu distrito, daí se retira o nome do filme pois são os jogos da fome. Na história, acompanhamos Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), uma adolescente de 16 anos que se oferece para ir no lugar da irmã sorteada pelo distrito 12.
Um filme que relata uma batalha sangrenta até a morte poderia cair no fetiche de mostrar vários adolescentes incapazes digladiando não seria nada empolgante, mesmo que alguns deles estejam ali por opção, a maioria não queria nem estar ali. Por isso o diretor Gary Ross (Seabiscuit) utiliza uma camêra tremida, que retira o foco da violência, abrindo o filme para um maior leque de espectadores, oferecendo apenas vislumbres dela e retirando o impacto que iria causar.
E essa divisão ocorreu em consequência de uma revolução em que a capital saiu vitoriosa, e como demonstração de poder exige dois jovens, sendo uma menina e um menino entre 12 e 18 anos, como tributo para uma espécie de reality show onde os participantes devem lutar pela sobrevivência. Os escolhidos de cada distrito devem concorrer com os outros 22 concorrentes até a morte em uma arena que se assemelha as casas de realities comuns, só que a violência é permitida aqui. A vitória do participante garante suprimentos para seu distrito, daí se retira o nome do filme pois são os jogos da fome. Na história, acompanhamos Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), uma adolescente de 16 anos que se oferece para ir no lugar da irmã sorteada pelo distrito 12.
Um filme que relata uma batalha sangrenta até a morte poderia cair no fetiche de mostrar vários adolescentes incapazes digladiando não seria nada empolgante, mesmo que alguns deles estejam ali por opção, a maioria não queria nem estar ali. Por isso o diretor Gary Ross (Seabiscuit) utiliza uma camêra tremida, que retira o foco da violência, abrindo o filme para um maior leque de espectadores, oferecendo apenas vislumbres dela e retirando o impacto que iria causar.
E o elenco não decepciona. Jennifer Lawrence comanda o filme com sua competência já vista em Inverno da Alma e X-Men: Primeira Classe. Além disso ela está cercada de bons nomes como Stanley Tucci, Wes Bentley, Woody Harrelson, Toby Jones, ELizabeth Banks e Donald Sutherland.
E até mesmo no obrigatório romance, o filmes se sai bem. Peeta não demonstra realmente se seu sentimento é verdadeiro ou apenas está utilizando Katniss. Só o que mais importante é que a protagonista demonstra sensibilidade e força, e isso em tempos em que vemos no cinema, mulheres frágeis e estereotipadas é muito importante.