terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os melhores filmes de 2011

5. Kung Fu Panda 2
Pra mim, a animação do ano. Continuação do filme anterior, este surpreende pela qualidade da imagem e do 3D, também pela ação e pelo humor sempre presente em animações. Mas emprego de imagens emulando o animê caiu muito bem nos momentos de flashback de Po. Pode até ser que este seja meu guilty pleasure mas este filme tem suas qualidades e uma delas é a dramaticidade que ocorre neste segundo filme que nem mesmo os Cinco Furiosos conseguiram segurar as lágrimas.

4. Planeta dos Macacos: A Origem
Apesar de este reboot não se equiparar com o clássico de 1968, ainda pode entrar no Top 5. Porque mesmo barateando a ideia, este filme se torna interessante, dispondo de toda tecnologia presente hoje em dia, Planeta dos Macacos: A Origem é entretenimento de primeira. Por causa da atuação de Andy Serkis como o macaco Cesar utilizando a técnica de captura de movimentos dos atores com ajuda da Weta Digital (aliás Serkis não é navegante de primeira viagem nesse tipo de atuação. Ele já interpretou o Golum de Senhor dos Anéis e também tendo atuado em King Kong e Tintim) que domina todos no cinema, ele consegue interpretar um animal que mistura humanidade e selvageria. No fim, os macacos acabam parecendo mais humanos que o núcleo homo sapiens. É a macacada reunida!

3. Super 8
Lembra daqueles filmes de sessão da tarde em que havia um bando de crianças se metendo em altas aventuras? Então, Super 8 é um revival desta época dourada. J.J. Abrams e Steven Spielberg sendo dois apaixonados por este gênero e pelo cinema fazem um filme apaixonado, cinéfilo e engajado. Neste filme tudo parece nostálgico desde o título (Super 8 é a marca da câmera que os garotos filmam que tem aquela película meio "antiga"), a garotada correndo, a menina que eles se apaixonam, bem, tudo faz nos sentirmos crianças de novo. Eu preciso falar mais alguma coisa?

2. X-Men: Primeira Classe
Durante os anos 50 e 60 Malcolm X que pregava a supremacia dos negros e o uso da violência para defender a raça negra, e Martin Luther King que defendia os direitos iguais, a liberdade e a pacificação entre os indivíduos, debateram sobre a liberdade para os negros, que nesta época eram extremamente discriminados. Tais discussões inspiraram livremente os personagens Magneto e Prof.º Xavier só que neste caso sobre as diferenças entre humanos e mutantes. X-Men: Primeira Classe trata justamente da construção dos dois personagens centrais (Erik Lehnsher e Charles Xavier) e de suas diferenças ideológicas. Como filme de crescimento funciona magnificamente, pois os atores James McAvoy e Michael Fassbender fazem o filme se desenrolar com seus debates sobre o futuro dos mutantes na comunidade mundial e para mostrar que o filme é funcional embates filosóficos até a eminência de uma Guerra Mundial vira pano de fundo, o que normalmente em outros filmes e outros diretores (Matthew Vaughn que conseguiu enxugar o roteiro perfeitamente) ocorreria o contrário priveligiando a pirotecnia no lugar do cinema propriamente dito.

1. Bravura Indômita
Bravura Indômita é uma revisão do romance homônimo de 1968 que já havia um filme sobre o livro. Entretanto, o filme dos irmãos Coen, é totalmente revisionista e mais fiel ao romance, alterando algumas passagens para melhor construção do roteiro. Os personagens são muito bem construídos, a começar por Mattie Ross (Hailee Stenfeild) garota de 14 anos que quer vingar a morte de seu pai que para isso contrata um oficial federal, Reuben "Rooster" Cogburn (Jeff Brigdes) que é apresentado pelos Coen defecando em uma casinha para tirar a aura que o protege, fazendo com que tenha de provar ao longo do filme seu valor. No filme também temos La Boeulf (Matt Damon) , um Texas Ranger orgulhoso que adora ostentar sua insígnia representativa, ele também está atrás do assassino do pai Mattie, ou melhor da recompensa que oferecem por ele, daí nasce união entre os três. Bravura é um filme de construção, enquanto Cogburn precisa nos mostrar seu valor, Mattie não é apenas uma aspirante a pastora muquirana, é na verdade o desabrochar de uma mulher e La Beoulf a desmistificação do faroeste. Bravura Indômita é lindo e áspero, o verdadeiro cinema, uma obra que reanima o western, um gênero tão esquecido mas tão fascinante. Por isso, Bravura Indômita é tão especial.


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